A Coreia do Norte está enfrentando pesadas baixas na guerra da Ucrânia

A Coreia do Norte está enfrentando pesadas baixas em suas forças militares na linha de frente da guerra na Ucrânia. O exército norte coreano já conta com milhares de soldados mortos ou feridos somente na última semana na área de Kursk, na Rússia. John Kirby, porta-voz da Casa Branca, foi quem comunicou a informação  a jornalistas nesta sexta-feira (27). O número de baixas é maior do que o previamente reportado por fontes oficiais dos EUA. 

Kirby afirmou que tanto os comandantes russos quanto os norte-coreanos tratam suas tropas como descartáveis, enviando-as em ataques inúteis contra as defesas ucranianas. Ele descreveu as ações das forças norte-coreanas como “ofensivas em massa e desorganizadas”. 

A missão da Coreia do Norte na ONU não respondeu ao pedido de comentário sobre a questão, e a missão da Rússia também se recusou a fazer declarações. 

Nova ajuda dos EUA à Ucrânia 

John Kirby também anunciou que o presidente Joe Biden deverá autorizar, em breve, mais um pacote de ajuda militar à Ucrânia. Na semana passada, Biden condenou os ataques russos ao sistema de energia da Ucrânia realizados no dia de Natal e solicitou ao Departamento de Defesa dos EUA que continue enviando armamentos ao país. 

Em 17 de dezembro, um oficial militar norte-americano já havia mencionado que a Coreia do Norte havia sofrido várias centenas de baixas durante os confrontos na região de Kursk. Esse oficial, que pediu anonimato, afirmou que as baixas incluíam soldados de patentes mais baixas, mas também atingiram altos escalões da hierarquia militar norte-coreana. 

Na segunda-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou que mais de 3.000 soldados norte-coreanos haviam sido mortos ou feridos na região de Kursk, mas ressaltou que esses números ainda eram preliminares. 

A guerra entre Rússia e Ucrânia 

A guerra na Ucrânia teve início em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu o país por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, um aliado estratégico de Moscou. Nos primeiros dias, as forças russas avançaram rapidamente, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, apesar dos ataques à cidade. A invasão foi amplamente condenada pela comunidade internacional, com a Rússia sendo alvo de duras sanções econômicas impostas pelos países ocidentais. 

Até outubro de 2024, a guerra se intensificou, tornando-se uma das situações mais perigosas desde o início do conflito. As tensões aumentaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o lançamento de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque à Ucrânia. Embora o projétil tenha sido carregado com ogivas convencionais, ele tem capacidade para transportar material nuclear. 

O disparo ocorreu após a Ucrânia realizar uma ofensiva em solo russo, utilizando armamentos fornecidos por potências ocidentais como os EUA, o Reino Unido e a França. 

A presença de tropas norte-coreanas e a resposta de Moscou 

Inteligência ocidental tem indicado que a Rússia está utilizando tropas da Coreia do Norte em suas operações na Ucrânia. Contudo tanto Moscou quanto Pyongyang se mantêm em silêncio sobre o assunto. Em maio, o presidente Putin substituiu seu ministro da Defesa, e desde então tem afirmado que as forças russas estão progredindo de maneira mais eficiente. O presidente russo reafirma que a Rússia cumprirá todos os seus objetivos na Ucrânia, embora sem especificar detalhes. 

Por sua vez, Zelensky acredita que os principais objetivos de Putin são ocupar totalmente a região do Donbass e forçar a retirada das tropas ucranianas da região de Kursk. A região de Donbass inclui as áreas de Donetsk e Luhansk. Por outro lado, a região de Kursk, na Rússia, é onde os ucranianos controlam parte do território desde agosto. A situação continua a se desenrolar de forma complexa e volátil, com implicações geopolíticas significativas para a região e o mundo. 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima